Eu tenho-os desde sempre.
Ontem (mais um dia de preguiça) dei por mim a pensar como surgiram determinadas amizades na minha vida. E parece que a minha memória de peixe se está a tornar numa de girino. Poucos são as que me consigo lembrar PERFEITAMENTE do primeiro momento de contacto.
Mas dei por mim a pensar nos amigos que tive quando era aquela criança reguila, quando cantava em cima de uma caixa de electricidade "Vou chamar a música", enquanto os meus amigos iam a correr buscar a "música". Também me lembrei dos brinquedos que me gamavam mesmo à cara podre e das brincadeiras nas escadas que esfriavam o rabinho. Lembrei-me de correr atrás da bola enquanto a minha mãe me chamava para jantar. De sair toda picada das silvas de cada vez que a bola ia para o meio do "matagal". Lembrei-me do meu voo de skate e dos treinos de andebol. A todos estes momentos, associo um, dois, três ou mais amigos. Aaah, *suspiro* momentos preciosos e inesquecíveis.
Todavia, quer-me parecer que à medida que crescemos, aparvalhamos. Passo a explicar: eles são e sempre foram uma das peças mais importantes da minha vida (a seguir à minha irmã) mas, como já referi, a minha memória é de girino. Quer eu dizer, parece que às vezes me esqueço do quão importante eles são para mim. E depois, faço "besteiras": desapareço por uns momentos sem dar cavaco a ninguém, deixo de responder a mensagens, ignoro que a internet existe. Fico no meu mundo, como se assim fosse mais perfeito. Mas não é. Eu preciso de vocês e, espero, vocês precisam de mim.
Por isso, peço desculpa a todos aqueles que foram alvos das minhas besteiras pontuais ou contínuas. A todos aqueles que me desculparam mil e uma parvoíces e que sabem que vou voltar a fazê-las.
E porque eu "sou vossa amiga, sim", deliciem-se: